Sobre a tosse crônica e a guerra interplanetária
Mais de duas semanas esperando a espectoração e o início de uma nova vida, com promessa de ações e reações. Porém, no musgo verde que me recobre os pulmões, permanece a inércia que, sabe-se lá por culpa de que planeta ou estrela do céu astral, tomou de assalto meus dias.
Estão dizendo que Plutão deixou de ser um planeta. Penso aqui comigo mesmo e calculo em quantos anos-luz a notícia chegará até lá. Os líderes comunitários plutanianos (muito "plutos" da vida) enviarão representações à Terra para manifestar seus votos de repúdio e protesto à decisão astrológica. Tal desvalorização de sua morada os pegará de surpresa. Sentirão-se ultrajados e isso certamente abalará as relações diplomáticas entre os povos da Galáxia. George W. Bush (ou seus sucessores) exigirá que a convenção espacial seja realizada em Washigton e sob mediação dos tecnocratas norte-americanos, passando por cima da ONU. E novamente porá tudo a perder, fazendo imposições absurdas aos vizinhos do outro planeta.
Se desenha uma guerra sem precedentes. "Haverá petróleo em Plutão?", se perguntarão certos estadistas terráqueos.
E enquanto se desenha a hecatombe que colocará fim na vida, um solitário olha as estrelas enquanto elas brilham no céu, e canta uma música melancólica do Paulinho da Viola: "Desilusão... desilusão... canto eu, canta você, a dança da solidão".
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Estão dizendo que Plutão deixou de ser um planeta. Penso aqui comigo mesmo e calculo em quantos anos-luz a notícia chegará até lá. Os líderes comunitários plutanianos (muito "plutos" da vida) enviarão representações à Terra para manifestar seus votos de repúdio e protesto à decisão astrológica. Tal desvalorização de sua morada os pegará de surpresa. Sentirão-se ultrajados e isso certamente abalará as relações diplomáticas entre os povos da Galáxia. George W. Bush (ou seus sucessores) exigirá que a convenção espacial seja realizada em Washigton e sob mediação dos tecnocratas norte-americanos, passando por cima da ONU. E novamente porá tudo a perder, fazendo imposições absurdas aos vizinhos do outro planeta.
Se desenha uma guerra sem precedentes. "Haverá petróleo em Plutão?", se perguntarão certos estadistas terráqueos.
E enquanto se desenha a hecatombe que colocará fim na vida, um solitário olha as estrelas enquanto elas brilham no céu, e canta uma música melancólica do Paulinho da Viola: "Desilusão... desilusão... canto eu, canta você, a dança da solidão".
3 Comments:
Rubem Braga ou Sabino, ficou algo suave mas com o peso de uma tonelada de algodão seco. Muito bom, ponto positivo para o senhor!
Vou com Diniz: tá ótimo!!! Com ctz irá pra sua coletânea póstuma, a qual eu mesma organizarei... hahahahahah
E me pergunto: O que raios vc está fazendo aí no chão?!?!
E um bjo, senão vc chora... =)
A imagem do derrotado, ao final de uma quermesse... tsc tsc tsc... rsrs
Sacanearam Plutão, isso sim! E acredito que isso é apenas um plano para que todos nos esqueçamos dele... há algo de muito grande e incrível a ser discutido, mas que está sendo acobertado por essas afirmações ditas "científicas".
Ah, belo texto!!!!!! Nota TEN!
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