quinta-feira, outubro 12, 2006

Andie

Tevê ligada. Modo mudo. Em lugar de saber o que dizem no filme, prefiro ouvir música nos fones de ouvido. Porém, a comédia boba oferece aos meus olhos a Andie McDowell. E nesse filme, especificamente, ele faz par romântico com o Michael Keaton, um "Tom Hanks" que não prosperou (apesar de ter sido o primeiro Batman do cinema). Vem uma cena em que Keaton está na cama e Andie começa a beijá-lo, aos golinhos, inúmeras vezes. Beija o pescoço, beija o nariz, os olhos, beija desenfreadamente. Meu coração está aos pulos. Ela segue beijando, vence a resistência do beijado que enfim se entrega. A cena corta pros dois deitados na cama, nus e cobertos por lençóis. Eu me sinto retorcido por dentro.

Andie McDowell tem uma beleza que eu classificaria como "aristocrática". Uma beleza dúbia, que pode se esconder dentro de si mesma às vezes. A cútis branca e bonita - onde agora já começa a aparecer algumas rugas, é bem verdade - já lhe deve ter rendido um belo cachê pelo posto de garota-propaganda vitalícia de uma marca de cosméticos.

Se veste bem, caminha bem, tem gestos elegantes.

Dentro da minha cabeça a imagem dela se mistura à de alguém que conheci em circustâncias afetivas um tanto quanto cruéis. A pessoa pública de Andie McDowell me lembra uma pessoa particular que estou tentando esquecer. E que estava quase conseguindo.






***

Maria Sílvia II

Frio mármore
Teu rosto
Tua boca
Portal das rosas
Você mente
Você sente
Você sente..
"Sinto muito!"
Ledo engano
Quem sente sempre
Como a navalha cortando
Sou eu.

(Extraído de "Amor Só de Mãe", terceiro caderno de poesia de Rafael Gimenez)

Voltamos em breve se o feedback dos leitores nos estimular e/ou impelir a tanto. Saudações!

6 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Rafinha, precisamos aprender a esquecer!!!!!
Bj

outubro 12, 2006 8:46 PM  
Blogger A. Diniz said...

Whatever stops you from dreamin'
Whatever trys to stop you from livin'

Flip it.
****
(O que te impedir de sonhar,
O que tentar te impedir de viver,

Passe por cima.)


A duras penas. Mas é assim que se joga o jogo. Pelo menos me contaram.

outubro 13, 2006 12:31 AM  
Anonymous Anônimo said...

Concordo com nossos amigos...

Qto ao texto, esses poemas do Amor de Mãe eu não curtia, mas inseridos assim num contexto são mais simpáticos...

Ah, como sua empresária te peço que mantenha-se longe da fase creepy, os leitores agradecem.

Beeeeijo.

outubro 13, 2006 3:40 AM  
Anonymous Anônimo said...

A bosta de filme é que sempre pula do beijo pro cigarro. Pior, hoje, em tempos de não fumarás e politico-corretices, nem o cigarro post coitum existe mais...

outubro 14, 2006 10:43 AM  
Blogger Vida Bandida said...

Quem disse que abandonei este lugar? Te enganas meu caro!
É que as vzs acho que não tem nada a v EU comentar. Mas continuo adorando todos os teus posts.
Bjo!

outubro 16, 2006 9:54 AM  
Blogger Pedro Henrique said...

Larga mão disso e vai adiantar seu TCC!!

outubro 17, 2006 6:41 PM  

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