Rascunhos
Neste sábado, como parte das iniciativas que resolvi tomar para levar uma nova vida, joguei muita coisa fora. Fui direto ao armário de velharias e rasguei papéis, dei fim a livros, tirei a poeira.
Muitas fases de minha vida. As apostilas do Senai, do cursinho, da faculdade. E entre minha "obra" composta em Bauru, rascunhos de cartas e alguns bilhetes. Eu li aquilo tudo antes de destruir e me achei ridículo. Um menino virgem apaixonado, idiota, inoportuno, sem estratégias para conquistar e se fazer amado. Não senti, como em oportunidades anteriores, qualquer compaixão por esse menino. Pelo contrário, acho que ele mereceu cada chute que levou. Pior que ia levando chute atrás de chute e não aprendendo. Seus companheiros de jornada curtiam a vida, comiam a mulherada. Ele não. Ele era um bonequinho na mão de sentimentos sem futuro.
E olha, salvo exceções, as moças nem tiveram culpa. Elas simplesmente não queriam. Havia caras mais bonitos e descolados na cidade pra elas curtirem. Realmente, ficar com um cara inseguro e sem nada a oferecer era uma coisa fora de cogitação. Eu hoje entendo tudo isso e não me causa nenhuma revolta pensar assim. Me dá é uma sensação de lamento, por não ter avaliado as situações de outra forma quando as vivi. Mas enfim, ali eu estava dentro da coisa, no olho do furacão, com a visão encoberta pela inexperiência. Acontece, coisas da vida.
O ciclo findou-se. Joguei certos sentimentos no lixo, que é lugar para eles.
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Sem entrar muito nos detalhes atípicos, informo a quem interessar possa que sou agora jornalista formado. Quer dizer, aguardarei a emissão do diploma pela Unesp, mas terminei de cursar a grade acadêmica com a apresentação de meu TCC. Contrariando as minhas expectativas, o trabalho foi extremamente bem aceito e posso me orgulhar de ter produzido um projeto experimental nota 10 - embora não tenha tido, efetivamente, a preocupação de tirar a nota máxima em nenhum momento.
2 anos e meio depois do baile de formatura, participarei da Cerimônia de Colação, provavelmente esvaziada por ser no meio do ano, em 22 de agosto próximo. Quem quiser aparecer pra ver com os próprios olhos, fique à vontade. Sinto-me num misto de felicidade e alívio. E também um pouco temeroso, por não saber que rumo minha vida agora pode tomar. Como diz o clichê do discurso da Colação: "O primeiro passo foi dado, agora vem o desafio do mercado". Já estou há um ano e meio no desafio, mas sinto que tudo ainda é muito insipiente.
Enfim. O momento é pra curtir. Mas se tivesse com mais grana, daria pra curtir melhor.
Muitas fases de minha vida. As apostilas do Senai, do cursinho, da faculdade. E entre minha "obra" composta em Bauru, rascunhos de cartas e alguns bilhetes. Eu li aquilo tudo antes de destruir e me achei ridículo. Um menino virgem apaixonado, idiota, inoportuno, sem estratégias para conquistar e se fazer amado. Não senti, como em oportunidades anteriores, qualquer compaixão por esse menino. Pelo contrário, acho que ele mereceu cada chute que levou. Pior que ia levando chute atrás de chute e não aprendendo. Seus companheiros de jornada curtiam a vida, comiam a mulherada. Ele não. Ele era um bonequinho na mão de sentimentos sem futuro.
E olha, salvo exceções, as moças nem tiveram culpa. Elas simplesmente não queriam. Havia caras mais bonitos e descolados na cidade pra elas curtirem. Realmente, ficar com um cara inseguro e sem nada a oferecer era uma coisa fora de cogitação. Eu hoje entendo tudo isso e não me causa nenhuma revolta pensar assim. Me dá é uma sensação de lamento, por não ter avaliado as situações de outra forma quando as vivi. Mas enfim, ali eu estava dentro da coisa, no olho do furacão, com a visão encoberta pela inexperiência. Acontece, coisas da vida.
O ciclo findou-se. Joguei certos sentimentos no lixo, que é lugar para eles.
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Sem entrar muito nos detalhes atípicos, informo a quem interessar possa que sou agora jornalista formado. Quer dizer, aguardarei a emissão do diploma pela Unesp, mas terminei de cursar a grade acadêmica com a apresentação de meu TCC. Contrariando as minhas expectativas, o trabalho foi extremamente bem aceito e posso me orgulhar de ter produzido um projeto experimental nota 10 - embora não tenha tido, efetivamente, a preocupação de tirar a nota máxima em nenhum momento.
2 anos e meio depois do baile de formatura, participarei da Cerimônia de Colação, provavelmente esvaziada por ser no meio do ano, em 22 de agosto próximo. Quem quiser aparecer pra ver com os próprios olhos, fique à vontade. Sinto-me num misto de felicidade e alívio. E também um pouco temeroso, por não saber que rumo minha vida agora pode tomar. Como diz o clichê do discurso da Colação: "O primeiro passo foi dado, agora vem o desafio do mercado". Já estou há um ano e meio no desafio, mas sinto que tudo ainda é muito insipiente.
Enfim. O momento é pra curtir. Mas se tivesse com mais grana, daria pra curtir melhor.
2 Comments:
Ow garotinho... ops, o garotinho foi-se embora, pra algum luar na lembraça... boa sorte nessa nova muda de pele às avassas... e estarei acompanhando, não tão de perto como gostariamos, mas sempre à disposição...
Um grande abraço!
Vivo jogando coisas fora e sempre acho que é melhor assim.
Mais uma vez, parabéns pela formatura. Só espero que seu passado vire escada e não mágoa, como me pareceu um pouco nesse post.
Bjs
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