Cinzas, Quarta Feira, Livre Arbítrio, Quarta Marcha, Ré Maior...
Cansei de toda a melosidade. Cansei de poeminhas fajutos e de falsos sonhos, doces como mel mas ácidos como limões. Cansei de martelar na minha cabeça possibilidades frustradas. E de lamentar pelo "melhor" que nunca ocorreu - e talvez tenha sido melhor assim.
Gostava quando ficava bêbado antigamente. Gosto das coisas recentes pelo seu ineditismo. Detesto repetições, pessoas sem criatividade, rotinas fascistas.
Não tenho mais pena de mendigos e de crianças de rua. Mas ainda tenho raiva de governos neoliberais e social-democratas.
Não infrinjo mais pequenas leis. Na verdade, nunca infringi.
Continuo não tendo paciência para ver desfiles de carnaval na televisão. E não tenho paciência para muitas outras coisas. Não tenho paciência para ouvir meus pais (assim como eles não tem paciência para ouvir os pais deles). Não tenho paciência para ensinar coisas para as pessoas, e muito menos para aprender com elas. Aborto diálogos que poderiam ser rentáveis apenas pelo prazer frívolo e casual do silêncio.
Continuo pensando nas mesmas mulheres. Como um rato perdido num labirinto. Porém, elas não detém mais exclusividade sobre meus devaneios. Agora observo todas as mulheres na rua, pensando em relacionamentos casuais ou duradouros. Mas ler e/ou ouvir certos nomes ainda me causa aflição mórbida. Um mal difícil de ser expurgado. O cérebro como um intestino preso.
Não gosto de minhas lembranças. Queria deletá-las do meu cérebro. Não digo todas, mas grande parte. Sei que um homem sem lembranças é um homem pobre, mas às vezes acho que o fardo mental tem sido pesado demais pra mim. Como diz aquela canção do Biquini Cavadão: "Tudo que morre fica vivo na lembrança. Como é difícil viver carregando um cemitério na cabeça..."
A metáfora é boa. Minha cabeça está quase um cemitério da Consolação.
Nada mais doloroso do que saber que algumas pessoas se esqueceram de você. E que muitas outras ainda vão se esquecer. E que você vai se esquecer de muita gente.
Será que a gente vê a vida toda como se fosse um filme depois que desencarna? Será que haverá chance de fazer as coisas de forma diferente da próxima vez? Ou mais uma vez hesitarei?
Amo ilusões. A realidade me martiriza.
Gostava quando ficava bêbado antigamente. Gosto das coisas recentes pelo seu ineditismo. Detesto repetições, pessoas sem criatividade, rotinas fascistas.
Não tenho mais pena de mendigos e de crianças de rua. Mas ainda tenho raiva de governos neoliberais e social-democratas.
Não infrinjo mais pequenas leis. Na verdade, nunca infringi.
Continuo não tendo paciência para ver desfiles de carnaval na televisão. E não tenho paciência para muitas outras coisas. Não tenho paciência para ouvir meus pais (assim como eles não tem paciência para ouvir os pais deles). Não tenho paciência para ensinar coisas para as pessoas, e muito menos para aprender com elas. Aborto diálogos que poderiam ser rentáveis apenas pelo prazer frívolo e casual do silêncio.
Continuo pensando nas mesmas mulheres. Como um rato perdido num labirinto. Porém, elas não detém mais exclusividade sobre meus devaneios. Agora observo todas as mulheres na rua, pensando em relacionamentos casuais ou duradouros. Mas ler e/ou ouvir certos nomes ainda me causa aflição mórbida. Um mal difícil de ser expurgado. O cérebro como um intestino preso.
Não gosto de minhas lembranças. Queria deletá-las do meu cérebro. Não digo todas, mas grande parte. Sei que um homem sem lembranças é um homem pobre, mas às vezes acho que o fardo mental tem sido pesado demais pra mim. Como diz aquela canção do Biquini Cavadão: "Tudo que morre fica vivo na lembrança. Como é difícil viver carregando um cemitério na cabeça..."
A metáfora é boa. Minha cabeça está quase um cemitério da Consolação.
Nada mais doloroso do que saber que algumas pessoas se esqueceram de você. E que muitas outras ainda vão se esquecer. E que você vai se esquecer de muita gente.
Será que a gente vê a vida toda como se fosse um filme depois que desencarna? Será que haverá chance de fazer as coisas de forma diferente da próxima vez? Ou mais uma vez hesitarei?
Amo ilusões. A realidade me martiriza.
4 Comments:
Enfim, vc não é o único a pensar dessa maneira. See ya!
Foi só voltar para São Paulo que você virou um daqueles paulistanos estereotipados. Tsc....
O ar do interior te fez uma pessoa melhor. Pense nisso.
Credo.... Que depressivo!!!!!!
Quando souber como apagar lembranças me dê um toque porque também quero eliminar certos trechos que não têm feito nada bem!
Bjs
o ir e vir das ilusões perdidas... que ao mesmo tempo que são dispensáveis, transformam tudo novamente, em algo novo, dentro das possibilidades que o incoerente proporciona....
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