Diarinho do Pé-de-neve
Ninguém vai ler, mas eu vou escrever pra exercitar.
Para início: Ouvir a Nova Brasil pode não ser um bom negócio mais pra mim. Primeiro porque a qualidade de muitos desses novos artistas neo-MPB é duvidosa. Aí acontece de lançarem umas musiquinhas pegajosas que tocam 15 vezes por dia. Você nunca ouve um Gonzaguinha na Nova Brasil, mas o filho da Elis Regina tá sempre lá com suas musiquinhas paia. Tudo bem que algumas músicas dele até são bacaninhas, mas pô... enche o saco ouví-las 600 vezes numa semana. Um bom exemplo eu já tive logo que comecei a ouvir essa rádio achando que era uma boa opção pro meu gosto musical. Era começo de 2007, eu tinha acabado de entrar na revista e na Nova Brasil eles tavam promovendo uma banda chamada Linux (ou Linox, sei lá), que tem uma música que começa com "desculpe mas não posso prometer que eu nunca vou te machucar/ porque sob a dura condição humana/ vivemos eu e você". Por mais que eu ache legal o cara criar uma letra complexa, essa música tocava à exaustão e eu queria que ele enfiasse a dura condição humana no cu, numa determinada altura do campeonato.
A Vanessa da Mata gravou uma música boa com o Ben Harper. Eu achava, pelo menos, até meu cu fazer bico de tanto ouvir. E essa mina tem outras músicas boas que tocam menos. Aí você fica meio desacorçoado. Ana Carolina, aquele senhor simpático que eu detestava, gravou umas músicas recentemente que me fizeram mudar de opinião em relação a ela, tipo "Ruas de Outono", que é linda e me pegou numa fase sensível. Aí ela jogou toda essa evolução por terra quando veio com "Vai": "Vai, a porta nem existe na verdade, saaaaaaaai... o que está esperando?/ Você sabe voar". Além de pobre e chichezona, essa música é infernalmente chata. Mas toca o tempo todo na Nova e parece que é hit da muié. E eu sempre com a impressão de que tô na contramão das paradas de sucesso. A Ana Carolina é engraçada, inclusive. Tem umas letrinhas de música que são o cu da cobra, da profundidade de um prato de mingau, como aquela em que ela afirma, cheia de razão, que toda mulher gosta de rosas e que rosas são rosas. Porém faz a ressalva de que essas rosas muitas vezes são vermelhas, muito embora sejam sempre rosas. Uma baboseira sem tamanho que eu nem posso criticar muito porque sequer sei dedilhar um violão. Nem vou fazer aqui menção ao vendedor de flores que ensina seus filhos a escolher seus amores porque é desnecessário discutir a lógica de um verso como este e eu já estou me estendendo muito numa coisa que ninguém está lendo.
Mas enfim chegando onde eu quero chegar: Tem uma música que tá tocando na Nova Brasil, legalzinha até, mas que impregnou na minha cabeça. "Só porque tenho por ela um apreço imenso/ ela me esnoba, me esnoba, me esnoba"... A música meio que fica nisso e essa parte do "ela me esnoba" fica repercutindo na minha cabeça, como um eco. Saio de casa pra tomar uma cerveja com os amigos e na roda "ela me esnoba, me esnoba, me esnoba". Olho pra moça que trabalha comigo e "ela me esnoba, me esnoba, me esnoba". Pra tirar isso da cabeça, só substituindo por outro verso grudento. Aí eu ouço Jorge Ben:
"Gostooooooooosaaaaaaaa... Gostoooooooooosaaaaaaa... Ela é gostosa!/ Está pegando é que ela mora muito longe, bem que minha mãe avisou, bem que minha mãe avisou..."
Santo MP3 do Fábio!
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Pé-de-neve:
O Corinthians estava invicto na Série B. Aí eu tive a brilhante idéia de ir ao Pacaembu para assistir o jogo contra o Bahia (ou "Bahêa", como cantavam os macumbeiros da torcida deles). Fomos o Will, o cunhado dele, o filho do cunhado e eu, setor laranja próximo ao tobogã, antigo setor lilás. Setor lilás onde, dois anos antes, eu vi Carlitos Tevez fazer aquele gol solando a bola contra o Deportivo Cali, pela primeira fase da Libertadores. E de lembrar me deprimi, porque uma coisa é disputar Libertadores e outra é disputar Segundona. Mas não importa, é Corinthians! E tava lá, começou o nervoso. Primeiro aquele sol de rachar mamona batendo bem na nossa cara. E o Corinthians atacando no primeiro tempo exatamente pro lado em que estávamos. Passei o jogo todo na primeira etapa fazendo "quebra-sol" com a mão pra ver o Acosta perder gol atrás de gol, o Lulinha (vulgo Mulinha) mostrando novamente todo o seu futebol - ou seja, nada - e, num determinado momento, o goleirão Felipe aprontando novamente altas confusões pra você sair do sério e os palmeirenses rirem de montão. Tomamos o gol numa falha dele e foi a única coisa que os comedores de vatapá fizeram na partida. Depois aqueles chicleteiros do cacete só catimbaram e, devo reconhecer, fizeram uma excelente marcação enquanto o Corinthians tentava sem sucesso entabular jogadas pelas pontas. O lateral Dênis, recém contratado pelo Corinthians, me fez quase sentir saudades do Coelho e me fez pensar que o Santos de vingou à altura de termos mandado o Betão pra lá, mandando essa praga pra cá. Não acertou um puto de um cruzamento. Mas pra quê? Lateral nem precisa saber cruzar, né? Aí teve bola na trave, gols perdidos, aquela coisa toda a qual já estou me acostumando. E fim, Corinthians perdeu a primeira, coisa que ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Que sirva pra esses putos voltarem a jogar bola e eu parar de gastar meu parco dinheirinho com jogo. Aliás, um displante eu ir prestigiar Série B, que não é lugar do Corinthians. Devia ter ficado em casa analisando o jogo taticamente, como tenho feito nos últimos tempos, sem torcer muito.
A culpa foi do Will que, além de pé de neve, levou um santista pro estádio. O cunhado dele é santista. Zicou o time, tenho certeza.
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Como parte do projeto cultural "Apocalypse Now!", promovido por Deus Todo Poderoso no ano de 2008, que inclui várias atividades bizarras como o lançamento do novo CD do Guns - que tá pra sair e agora vai! - o fim da era Eurico no Vasco, o afastamento do Fidel do governo de Cuba, o reatamento de relações entre Didi e Dedé e, principalmente, minha ascensão ao direito de ter uma cela individual e especial no caso de ir em cana, adquirido graças ao protocolo e apresentação devida de meu Trabalho de Conclusão de Curso... Como parte desse ciclo de eventos, Deus convida a todos para o velório de Dercy Gonçalves, aquela que eu achava ser imortal. Assim se foi a senhora que tinha raiva de Cristo e o achava um filho-da-p%$#&*¨por tê-la barrado na Santa Ceia. A simpática senhora que cantava, dentro da Arca de Noé: "Se essa porra não virar, olê olê olá/ Eu chego lá... "
Enfim, dedico esse post que ninguém vai ler à senhora, dona Dercy. Que enfim descanse em paz, que eu acho que a senhora merece.
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Não vou mandar beijo não porque ninguém tá lendo e não gosto de ficar no vácuo. Vão todos tomar no cu, como diria Dercy.
Para início: Ouvir a Nova Brasil pode não ser um bom negócio mais pra mim. Primeiro porque a qualidade de muitos desses novos artistas neo-MPB é duvidosa. Aí acontece de lançarem umas musiquinhas pegajosas que tocam 15 vezes por dia. Você nunca ouve um Gonzaguinha na Nova Brasil, mas o filho da Elis Regina tá sempre lá com suas musiquinhas paia. Tudo bem que algumas músicas dele até são bacaninhas, mas pô... enche o saco ouví-las 600 vezes numa semana. Um bom exemplo eu já tive logo que comecei a ouvir essa rádio achando que era uma boa opção pro meu gosto musical. Era começo de 2007, eu tinha acabado de entrar na revista e na Nova Brasil eles tavam promovendo uma banda chamada Linux (ou Linox, sei lá), que tem uma música que começa com "desculpe mas não posso prometer que eu nunca vou te machucar/ porque sob a dura condição humana/ vivemos eu e você". Por mais que eu ache legal o cara criar uma letra complexa, essa música tocava à exaustão e eu queria que ele enfiasse a dura condição humana no cu, numa determinada altura do campeonato.
A Vanessa da Mata gravou uma música boa com o Ben Harper. Eu achava, pelo menos, até meu cu fazer bico de tanto ouvir. E essa mina tem outras músicas boas que tocam menos. Aí você fica meio desacorçoado. Ana Carolina, aquele senhor simpático que eu detestava, gravou umas músicas recentemente que me fizeram mudar de opinião em relação a ela, tipo "Ruas de Outono", que é linda e me pegou numa fase sensível. Aí ela jogou toda essa evolução por terra quando veio com "Vai": "Vai, a porta nem existe na verdade, saaaaaaaai... o que está esperando?/ Você sabe voar". Além de pobre e chichezona, essa música é infernalmente chata. Mas toca o tempo todo na Nova e parece que é hit da muié. E eu sempre com a impressão de que tô na contramão das paradas de sucesso. A Ana Carolina é engraçada, inclusive. Tem umas letrinhas de música que são o cu da cobra, da profundidade de um prato de mingau, como aquela em que ela afirma, cheia de razão, que toda mulher gosta de rosas e que rosas são rosas. Porém faz a ressalva de que essas rosas muitas vezes são vermelhas, muito embora sejam sempre rosas. Uma baboseira sem tamanho que eu nem posso criticar muito porque sequer sei dedilhar um violão. Nem vou fazer aqui menção ao vendedor de flores que ensina seus filhos a escolher seus amores porque é desnecessário discutir a lógica de um verso como este e eu já estou me estendendo muito numa coisa que ninguém está lendo.
Mas enfim chegando onde eu quero chegar: Tem uma música que tá tocando na Nova Brasil, legalzinha até, mas que impregnou na minha cabeça. "Só porque tenho por ela um apreço imenso/ ela me esnoba, me esnoba, me esnoba"... A música meio que fica nisso e essa parte do "ela me esnoba" fica repercutindo na minha cabeça, como um eco. Saio de casa pra tomar uma cerveja com os amigos e na roda "ela me esnoba, me esnoba, me esnoba". Olho pra moça que trabalha comigo e "ela me esnoba, me esnoba, me esnoba". Pra tirar isso da cabeça, só substituindo por outro verso grudento. Aí eu ouço Jorge Ben:
"Gostooooooooosaaaaaaaa... Gostoooooooooosaaaaaaa... Ela é gostosa!/ Está pegando é que ela mora muito longe, bem que minha mãe avisou, bem que minha mãe avisou..."
Santo MP3 do Fábio!
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Pé-de-neve:
O Corinthians estava invicto na Série B. Aí eu tive a brilhante idéia de ir ao Pacaembu para assistir o jogo contra o Bahia (ou "Bahêa", como cantavam os macumbeiros da torcida deles). Fomos o Will, o cunhado dele, o filho do cunhado e eu, setor laranja próximo ao tobogã, antigo setor lilás. Setor lilás onde, dois anos antes, eu vi Carlitos Tevez fazer aquele gol solando a bola contra o Deportivo Cali, pela primeira fase da Libertadores. E de lembrar me deprimi, porque uma coisa é disputar Libertadores e outra é disputar Segundona. Mas não importa, é Corinthians! E tava lá, começou o nervoso. Primeiro aquele sol de rachar mamona batendo bem na nossa cara. E o Corinthians atacando no primeiro tempo exatamente pro lado em que estávamos. Passei o jogo todo na primeira etapa fazendo "quebra-sol" com a mão pra ver o Acosta perder gol atrás de gol, o Lulinha (vulgo Mulinha) mostrando novamente todo o seu futebol - ou seja, nada - e, num determinado momento, o goleirão Felipe aprontando novamente altas confusões pra você sair do sério e os palmeirenses rirem de montão. Tomamos o gol numa falha dele e foi a única coisa que os comedores de vatapá fizeram na partida. Depois aqueles chicleteiros do cacete só catimbaram e, devo reconhecer, fizeram uma excelente marcação enquanto o Corinthians tentava sem sucesso entabular jogadas pelas pontas. O lateral Dênis, recém contratado pelo Corinthians, me fez quase sentir saudades do Coelho e me fez pensar que o Santos de vingou à altura de termos mandado o Betão pra lá, mandando essa praga pra cá. Não acertou um puto de um cruzamento. Mas pra quê? Lateral nem precisa saber cruzar, né? Aí teve bola na trave, gols perdidos, aquela coisa toda a qual já estou me acostumando. E fim, Corinthians perdeu a primeira, coisa que ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Que sirva pra esses putos voltarem a jogar bola e eu parar de gastar meu parco dinheirinho com jogo. Aliás, um displante eu ir prestigiar Série B, que não é lugar do Corinthians. Devia ter ficado em casa analisando o jogo taticamente, como tenho feito nos últimos tempos, sem torcer muito.
A culpa foi do Will que, além de pé de neve, levou um santista pro estádio. O cunhado dele é santista. Zicou o time, tenho certeza.
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Como parte do projeto cultural "Apocalypse Now!", promovido por Deus Todo Poderoso no ano de 2008, que inclui várias atividades bizarras como o lançamento do novo CD do Guns - que tá pra sair e agora vai! - o fim da era Eurico no Vasco, o afastamento do Fidel do governo de Cuba, o reatamento de relações entre Didi e Dedé e, principalmente, minha ascensão ao direito de ter uma cela individual e especial no caso de ir em cana, adquirido graças ao protocolo e apresentação devida de meu Trabalho de Conclusão de Curso... Como parte desse ciclo de eventos, Deus convida a todos para o velório de Dercy Gonçalves, aquela que eu achava ser imortal. Assim se foi a senhora que tinha raiva de Cristo e o achava um filho-da-p%$#&*¨por tê-la barrado na Santa Ceia. A simpática senhora que cantava, dentro da Arca de Noé: "Se essa porra não virar, olê olê olá/ Eu chego lá... "
Enfim, dedico esse post que ninguém vai ler à senhora, dona Dercy. Que enfim descanse em paz, que eu acho que a senhora merece.
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Não vou mandar beijo não porque ninguém tá lendo e não gosto de ficar no vácuo. Vão todos tomar no cu, como diria Dercy.
4 Comments:
Hei, seu puto pé de neve (adorei esse termo!!!), eu tô lendo!!!!!!!
Agora faça um post bonitinho dedicado à sua única leitora desta madrugada!
No mais, concordo com o que disse sobre música... A Nova, que parecia ser a salvação, só toca MPB de novela e ainda por cima tem um repertório muuuuuiiiiiiiiitooooo pequeno... Ainda bem que a rádio Veritas pega pela internet!
Tá mandando tomar no cu só pra agradar?
Bem, de madrugada a Nova é boa. Tem uma música que me traz boas recordações da nova, aquela "Loucas Horas" do Guilherme Arantes, mas isso eu conto pra vc por MSN.
Quanto ao seu time, por mim que o Curinthia se foda mesmo. Vc disse que não torceria e nem acompanharia os jogos de "segunda" e olha ai, só deu azar. Ou sorte...
Realmente este é um ano apocalíptico. Eu to até namorando!hahahahahahahaha
Bjo meu querido!
Uhmm.. deixe me ver por onde começo.. as novas mpbs são um porre mesmo, mas gosto de ana carolina, e a música q fala sobre o vendedor de flores é uma versão de outra em inglês, q realmente não fez mto sentido hehehe. Qto ao Corinthians, um dia a gente chega lá... seja "lá" onde for... e qto a Dercy, realmente foi bizarro, mas acho q foi culpa do Rafinha Bastos q vivia matando a mulher hehehe. E qto a ninguém ler essa p***a, para de chorar e continua a escrever q eu to lendo =oP
Podemos formar um trio caipira com o Pedro Henrique e sua pessoa, além da minha. "Milton, Neves e Morsa". Seria o que há de melhor no palpite esportivo!
(8)Nova Brasil FM: Músicas Bicho-Grilo, pra você ouvir enquanto te extraem um siso...(8)
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