sábado, abril 22, 2006

Da série: O melhor do 5 contra 1 em minha vida

Tirem as crianças da sala. A putaria vai começar a correr solta nesse blog.


Cine Privé, a alegria do povo.



Emmanuelle ou Emanuelle é a protagonista numa série de filmes eróticos soft core franceses baseados na personagem criada por Emmanuelle Arsan no livro The Joys of a Woman.


História

A personagem apareceu pela primeira vez no filme Io, Emmanuelle em 1969 e era interpretada por Erika Blanc. Ela foi recriada mais tarde em 1974 no filme Emmanuelle e era interpretada pela holandesa Sylvia Kristel, provavelmente a atriz mais famosa pelo papel. O filme ultrapassou as barreiras do que era aceitável em filmes na época com suas cenas de sexo e cenas envolvendo estupro, masturbação, mile-high-club e uma notável cena onde uma dançarina fuma um cigarro com sua vagina usando técnicas de pompoarismo. Diferente de outros filmes que tentavam evitar uma classificação adulta do MPAA o primeiro filme de Emmanuelle abraçou o gênero e tornou-se um grande sucesso internacional. O filme é, até hoje, um dos mais bem sucedidos filmes franceses e chegou a ser exibido nos cinemas locais por anos.


Várias continuações, começando com Emmanuelle 2, também conhecido como Emmanuelle: The Joys of a Woman, foram produzidas com Kristel ainda no papel principal. A personagem também começou a aparecer em diversas outras produções feitas na Itália, Japão e Estados Unidos. Em diversos casos o nome da personagem foi escrito Emanuelle, com um m a menos, sugerindo que essas produções não eram autorizadas.


Entre as sequências mais famosas está uma série de filmes italianos estrelados por Laura Gemser. Também foi produzida em 1978 na Grã-Bretanha uma paródia à personagem com o título de Carry On Emmanulle, estrelando Suzanne Danielle no papel principal e co-estrelando Kenneth Williams.


Sylvia Kristel parou de interpretar Emmanuelle nos anos 80, dando lugar a atrizes mais jovens, embora ela continuasse a fazer aparições nos filmes seguintes no papel de uma Emmanuelle mais velha. Ela também estrelou vários filmes que faziam referências à sua imagem de Emmanuelle como a comédia erótica americana Private Lessons. Em 1992, Sylvia Kristel retornou à série para sete episódios televisivos, com Marcela Walerstein no papel título, e o 7º volume, Emmanuelle au 7ème ciel (1993). A série e o filme foram assinados por Francis Leroi, diretor de Emmanuelle 4.


Uma das mais conhecidas atrizes a tomar o papel de Emmanuelle nos anos 80 foi a atriz americana Monique Gabrielle.
O nível de cenas explícitas variam nos vários filmes de Emmanuelle/Emanuelle, indo de praticamente inexistentes à totalmente explícitas. Emmanuelle V, de 1987, com Monique Gabrielle, no papel da protagonista, foi lançado em duas versões: uma com as cenas de sexo soft core típicas da série e uma versão disponível unicamente em vídeo onde foram inseridas várias cenas de sexo explícito. Monique Gabrielle, embora atriz pornô, não aparece nessas cenas.


A personagem de Arsan apareceu de várias formas diferentes nos últimos anos, incluindo uma série de ficção científica feita para tv à cabo nos anos 90 chamada Emmanuelle in Space, estrelando a atriz e modelo americana Krista Allen, na época em início de carreira. Embora Krista Allen, que depois foi estrelar em Baywatch e em outros filmes, tenha dito que se arrepende de seus filmes adultos no papel de Emmanuelle, ela continua sendo vastamente identificada como a personagem.


No Brasil, os filmes de Emmanuelle ficaram famosos por sua exibição no bloco Cine Band Privé da Rede Bandeirantes durante os anos 90 e começo dos anos 2000, com as séries estreladas por Marcela Walerstein e Krista Allen.


Filmografia
Essa é uma filmografia dos filmes protagonizados por Emmanuelle até hoje.


Io, Emmanuelle (1969)
Emmanuelle (1974)
Emmanuelle in Africa (1975)
Emmanuelle 2 (1975)
Forever Emmanuelle (1975)
Emmanuelle in Bangkok (1976)
Emmanuelle Goes Japanese (1976)
Emmanuelle on Taboo Island (1976)
Emmanuelle in Tokyo (1976)
Emmanuelle in the Orient (1976)
Emmanuelle Goes Greek (1976)
Emmanuelle Black and White (1976)
A Young Emmanuelle (1976)
Emmanuelle 77 (1976)
Emanuelle in America] (1977)
Good-bye, Emmanuelle (1977)
Emanuelle and the Last Cannibals] (1977)
Black Emmanuelle, White Emmanuelle (1977)
The Daughter of Emmanuelle (1978)
Emanuelle in the Country] (1978)
Emmanuelle the Seductress (1978)
Emmanuella: Queen of Sados] (1979)
Emmanuelle in Soho (1981)
Brown Emmanuelle (1982)
Emmanuelle Exposed (1982)
Emmanuelle in Hell (1982)
Emanuelle Escapes from Hell] (1983)
Emmanuelle 4 (1984)
Emmanuelle Goes to Cannes (1985)
Emmanuelle V (1987)
Emmanuelle 6 (1988)
Emmanuelle's Secret (1992)
Emmanuelle's Revenge (1992)
Emmanuelle's Perfume (1992)
Emmanuelle's Magic (1992)
Emmanuelle au 7ème criel (1993)
Emmanuelle's Love (1993)
Emmanuelle in Venice (1993)
Emmanuelle Forever (1993)
Seoul Emmanuelle (1993)
Emmanuelle 2: A World of Desire (1994)
Emmanuelle 3: A Lesson in Love (1994)
Emmanuelle 4: Concealed Fantasy (1994)
Emmanuelle 5: A Time to Dream (1994)
Emmanuelle 6: One Final Fling (1994)
Emmanuelle 7: The Meaning of Love (1994)
Emmanuelle in Space (2000)
Emmanuelle 2000: Being Emmanuelle (2000)
Emmanuelle: A Hard Look (2000)
Emmanuelle 2000: Emmanuelle and the Art of Love (2000)
Emmanuelle 2000: Emmanuelle in Paradise (2000)
Emmanuelle 2000: Jewel of Emmanuelle (2000)
Emmanuelle 2000: Intimate Encounters (2000)
The Joys of Emmanuelle, Parts 1-3 (2001)
Emmanuelle 2000: Emmanuelle's Sensual Encounters (2001)
Emmanuelle 2000 (2001)
Emmanuelle 2001: Emmanuelle's Sensual Pleasures (2001)
Emmanuelle in Rio (2003)
Emmanuelle 2000: Emmanuelle Pie (2003)
Emmanuelle Private Collection: Emmanuelle vs. Dracula (2004)

Fonte: Wikipédia


Agora vamos às minhas observações pessoais:

1 - Krista Allen é, na minha modesta opinião, a mulher mais sexy já produzida pelo Criador. Nem fazendo filme erótico de segunda ela consegue ser vulgar. Fez, além do papel de Emmanuelle, que a consagrou no Brasil, pontas em várias comédias de quinta norte-americanas e no seriado Baywatch. E para as invejosas que vão classificá-la com palavras de baixo calão, saibam que ela está pegando (pela segunda vez) o ator e galã George Clooney.

2 - Pudemos ver que Emmanuelle não é apenas um filme erótico para adolescentes punheteiros. É uma forma de arte! Tem história, tem tradição, tem várias roupagens. E tem seus fiéis seguidores, que devem ser respeitados quando se encontram no momento sagrado de degustar a trama desta erotic novel.

3 - Ao contrário do André Diniz e vários outros puristas da velha pornografia mundial, prefiro a série "No espaço" com a Krista do que a Emmanuelle francesa com a Marcela Walerstein. Descreverei as tramas de ambas concisamente:

Na primeira, a Emmanuelle é a mais linda e sexy das mulheres da Terra. Vive feliz e contente aprontando das suas orgias por aí quando, num belo dia, encontra o capitão de uma nave de alienígenas. Ao entrar em contato com os tripulantes dessa nave, Emmanuelle é incumbida por eles a lhes ensinar sobre o amor e a sexualidade humana (tudo balela para pretextar várias cenas de sexo coreografado) . A partir daí ela dá pra todo mundo na nave, com direito a cenas lésbicas, orgias cômicas e belas paisagens ao redor do mundo. O dilema da série fica para os últimos dois filmes, quando o capitão Haffron esquece que o sexo ensinado por Emmanuelle era para fins puramente de pesquisa científica e se vê apaixonado pela bela terráquea ao mesmo tempo em que é descoberto pela CIA.


Na Emmanuelle francesa, temos também a protagonista como a mais sensual das mulheres. Aqui ela aparece já uma senhora coroa (porém enxuta) num avião relembrando suas aventuras, em companhia de um velhinho pândego que foi seu grande amor na juventude. Emmanuelle então lhe revela o grande segredo de sua vida: ganhou um perfume mágico de um monge, numa de suas idas ao Tibet (sabe-se lá para quê) . A cena em que é presenteada com esse perfume é bem marcante, aliás: Emmanuelle senta na piroca do velho monge, depois que ambos passaram uma gota do perfume em seus corpos e se tornaram novamente jovens. A partir daí, ela corre o mundo satisfazendo suas mais tórridas fantasias e ajudando amigas e amigos com problemas sentimentais. O perfume mágico de Emmanuelle dá a ela o poder de se transformar em qualquer mulher que ela queira. Por isso o filme diz que Emmanuelle é a personificação de todas as mulheres da Terra. Que beleza!, como diria Milton Neves!

4- O filme Emmanuelle 2000: Intimate Encounters (2000) é protagonizado por Holly Sampson. Quem assiste Anos Incríveis a viu menina num dos episódios: era uma loira que o Kevin pegou na praia logo no começo da série, que o chamava de "olhos castanhos".

5 - Meu próximo projeto para este blog é a produção de um roteiro à la Emmanuelle de conto erótico. Aguardem!



E agora me dêem licença que eu vou ali tirar uma água do joelho. Amanhã voltamos com mais, se eu não largar tudo pra ir virar mendigo na frente do prédio da Krista lá nos Estaites.

terça-feira, abril 18, 2006

Relato de um Sonho: Amor de Sogra

Engraçados os atos mecânicos da mente. Tenho tido sonhos recorrentes nos quais visito a casa de pessoas queridas. Num primeiro sonho eu passava um dia com o Carlitos Tevez. Tá, não o conheço pessoalmente. Tá, não sou gay e, ainda que fosse, jamais sentiria atração por aquele maquinista de trem-fantasma. Sequer entendo o que ele fala. O que motivou o sonho provavelmente foi toda a alegria que o sujeito me deu por meio do futebol. Uma espécie de homenagem onírica para alguém que admiro.

O sonho que realmente me deixou meio tenso foi outro. E venho vários dias depois falar dele aqui. Tem aquela menina por quem sou apaixonado. Poderia escrever seu nome aqui, pois duvido que ela leia o blog. Muitos dos leitores sabem de quem estou falando. É uma menina que não sai da minha cabeça e que volta sempre como um soluço mental.


O sonho foi muito bonito, muito bem engendrado por uma mente capaz de desenvolver ilusões deliciosas. Tudo com requintes de crueldade, é claro. Eu ligava para a casa dela e ME CONVIDAVA para lhe fazer uma visita. Contrariada, ela tentou me dissuadir. Mas viu que não havia jeito e, em algum tempo, eu estava na casa dela. Um sobrado meio estranho, como aquelas casas de filme ianque. O quarto dela uma espécie de sótão. Se eu pudesse andar dentro do meu próprio sonho, eu olharia direto para a mesinha de cabeceira para vislumbrar se a rosa artificial que lhe dei continuava lá. Contudo, sonhos são sonhos e o subconsciente é um roteirista xiita que não admite intromissões em seu trabalho. E ela não estava dormindo, como gosto de pensar nela. Estava muito bem acordada e sozinha em casa. E temia que alguém pudesse chegar. Mas parecia ter esquecido isso quando começamos a conversar e nessa parte o sonho me pareceu ao mesmo tempo real e surreal, porque o prazer que eu sentia ao ouvir sua voz e mais uma vez aceitar sua inteligência e sua personalidade era aquele prazer da vida vigilante de sempre. Mas sentia também um gosto de coisa proibida, de alegria quase sensual de saber que estava com ela ali, diante de mim, íntima e exposta e me dando o presente quase sempre negado e fugidio de sua companhia.

Ficamos assim e eu gozei esse sonho bom. Até que um arrepio sinistro e um fundo musical sombrio deram a deixa para a entrada em cena de uma personagem temida: a mãe dela. Minha pretensa sogrinha. Uma mulher que só conheço de ouvir falar. E de ouvir falar pela boquinha dela (o diminutivo de boca aqui me poupou de uma vergonhosa cacofonia) . Pois bem: a mulher caiu de amores por mim. Tenho que dizer, ainda que com frustração, que nem nos sonhos sou amado pela mulher que desejo. Ela continuava, como na vida real, fingindo ignorar o amor que lhe devoto. Mas a mãe, uma mulher astuta como realmente a imagino, percebeu o que partia de dentro de mim no instante em que me viu. E numa sincronia perfeita de pensamento, desejou o mesmo que eu desejava. E murmurou para minha querida a frase que me perseguiu durante todas essas semanas, que saiu do fundo de minha alma e que meu subconsciente tratou de cifrar numa personagem e numa situação - como se fosse uma lembrança de coisa real acontecida - para me martirizar (ou me fazer refletir) : "Filha, você vai beijá-lo ou não vai?"


E ela reprovou a sugestão da mãe. Com a mesma expressão de espanto que teria feito se eu mesmo tivesse pedido. Não adiantou nem mesmo os apelos de minha estimada sogra para amolecer aquele coração cascudo.

Freud me ensinou a complexidade dos sonhos, ainda que eu não tenha ido a fundo nesse estudo. Mas esses dias pensei numa coisa: a menina, sempre que me falava da mãe, discorria sobre as diferenças ideológicas das duas e sobre como era incompreendida. (Enfim, aquele clichê básico sobre discussões no seio da família de classe média) . E a impressão que eu devo ter tido disso, ainda que subliminarmente, é que uma gosta de contrariar a outra. E que se uma gosta do doce, a outra gosta do azedo. Que se uma quer ir pra praia, a outra quer a montanha. E que a mãe tentou educar a filha da melhor forma - ensinar a ela que o desprezo e a frieza machucam o coração das pessoas - mas que ela não tenha feito caso de todo o esforço empreendido. Como se a "sogra"me dissesse: "Desculpe minha filha! Ela não tem jeito!"

Eu desculpo sua filha e agradeço seus esforços, minha senhora. Bem sabemos que os pais às vezes enxergam as coisas que os filhos não vêem. Como a dor dos pobres coitados que estão apaixonados, por exemplo.

E nos últimos dias não sonhei mais nada. Enquanto isso Carlitos Tevez segue treinando e ganhando dinheiro. E a menina dos meus sonhos cuida de sua vida na qual não há espaço para bobocas lunáticos.

segunda-feira, abril 10, 2006

Meta - foras

A onda destruiu o castelo de areia. Por mais que se fizesse outro, outra onda vinha de encontro a ele. As edificações e destruições sucessivas de castelos de areia tornaram pusilânime a criança. Ela achou melhor simplesmente sentar-se e assim ficar, com o mar a lhe lamber os pés.

Uma formiga carregava uma folha até que foi devorada por um inseto maior. Não houve sinal de luto entre suas companheiras de formigueiro.

Uma garota de programa de 16 anos de idade foi encontrada morta atrás de uma pedra na Praia do Futuro, em Fortaleza. A mãe foi chamada para fazer o reconhecimento de corpo. Olhou o cadáver da filha com asco, não pelo estado inicial de putrefação, mas pelo rancor que tinha. Nesse caso, o estado moral fedia mais do que o estado físico.

Um jogador treina sozinho num campo vazio. Todos os seus chutes acertam a trave.

De tanto bater, a água engoliu a pedra.

segunda-feira, abril 03, 2006

Feliz é o Lobo Mau, que não tem amigos e come os inimigos

Nas horas de angústia e preocupação é que a gente vê quem são nossos amigos de verdade. Chavão, mas verdadeiro.

Esse lance de amizade e entendimento é uma coisa bem complexa, e você já começa a notar isso na mais tenra infância, quando as crianças são boas e cruéis ao mesmo tempo. O mesmo coleguinha que te coloca num círculo pode te escantear por causa de divergências ideológicas ou por te achar uma ameaça à liderança. Sim, crianças lutam pelo poder. E às vezes o fazem de forma mais suja do que os políticos tradicionais.

E as intriguinhas? E os jogos duplos? E as pessoas que fritam alguém numa roda de amigos para assumir o lugar da pessoa fritada?

No começo tudo é divino maravilhoso. Depois você descobre o monstro escondido dentro de cada ser humano, ainda que este se sinta no direito de se meter na tua individualidade e se auto-denominar "melhor amigo". Mas não culpo ninguém. Esse conceito de amizade/posse é inerente à raça humana, cheia de moralismo fétido. Amigos roubam juntos, fazem despedidas de solteiro juntos, influenciam-se mutuamente para o bem ou para o mal e, nas horas periclitantes, aprendem a separar as coisas - bem representado na expressão "Amigos amigos, negócios à parte". E o que poderia ser um negócio à parte? Comer a mulher do amigo, ainda que com dor no coração (mas com os testículos explodindo diante de tanta volúpia) ? Passá-lo para trás numa sociedade que anda mal das pernas? Fazer um pequeno caixa 2 com o dinheiro do fiel parceiro de estrada?

Sim, meus amigos. A fraternidade é uma coisa que tem sido pregada às cegas e sem disfarces, especialmente após as revoluções burguesas. O capitalismo exige que você cultive amigos, como quem cultiva plantas numa estufa. Mas perceba que os barões do café, os homens que estão no topo, os figurões que sentam atrás da mesa mais reluzente de um banco, esses... (ah!) ... Esses não tem amigos. Ou pelo menos não acreditam que tenham. Traficante também não tem amigo, tem comparsa.

E quando se morre, a visão bonita que fica é aquele monte de gente chorando na tua sepultura e fazendo vista grossa a todas as falhas de caráter que você apresentou em vida. No fim das contas, precisamos dos amigos pra isso: pra chorar no nosso funeral, pra nos visitar no hospital. Precisamos deles pra girar em torno de nós, quando estamos na pior ou numa ótima. O que nos resta de dignidade, apesar de sermos humanos, é controlarmos o egoísmo e tentar sentirmo-nos felizes ao fazer o mesmo pelo outro. Achar prazer na caridade. Dedicar nossas horas à amabilidade, à solidariedade, à dedicação e abnegação. Poucos conseguem isso? Muito poucos.

E isso porque a humanidade evoluiu. Na Idade Média eu entregaria um amigo à fogueira sem pensar muito, caso precisasse me safar de uma acusação de bruxaria. Políticos como o Sr. Zé Dirceu - os bodes expiatórios - eram sacrificados pelos amigos que detinham ( e muitas vezes conquistaram junto com eles) o poder. Mas não se tratava de degola política. Era degola física mesmo. Reis mandavam enforcar ministros que ajudaram-no a solidificar seus impérios e que, por alguma razão, representavam agora ameaça. E o que dizer de Stálin, que matou quase todo mundo que lutou com ele na Revolução Russa? Quem tem o Josef como amigo não precisa de ditador sanguinolento!

O que eu quero dizer é que o conceito de amizade é relativo. E, se por alguma razão, eu te chamar de amigo, desconfie: ou posso ter algum interesse escuso, ou realmente "te considero pra caralho", como dizem nos tempos modernos.


Enfim, feliz é o Amaury Júnior, que é amigo de todo mundo mas não é amigo de porra nenhuma.